O grupo de repressão ao crime organizado ( Greco) juntamente com a polícia civil prendeu 21 pessoas envolvidas na fraude de concurso público, duas ainda estão foragidas. Desses presos a maioria era de policiais civis, 12 foram presos e um ainda está foragido.
GABARITOS IDÊNTICOS
A polícia civil investigou as provas e o que mais surpreendeu foi que 100% dos gabaritos das provas analisadas pela perícia eram idênticos.
” Nós utilizamos várias técnicas para fazer o julgamento, analisamos tanto as provas objetivas quanto as provas subjetivas, a probabilidade de pessoas acertarem e errarem as mesmas questões é quase possível”, disse ao OitoMeia o coordenador da Greco, Willame Moraes.
Delegado Kledson Ferreira, responsável pelo caso e delegado geral Riedel Batista (Foto: Margella Furtado/OitoMeia)
De acordo com o delegado Kledson Ferreira os 13 policiais civis presos só passaram na prova através do esquema de fraude. O valor combinado pelos agentes para os fraudadores era 10 vezes a remuneração prometida para o agente policial, na época de R$2,500 totalizando R$ 25.000 que seria pago em forma de parcelas para os criminosos.
CHEFES DA QUADRILHA ORGANIZADA
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Kledson Ferreira, Christian Alcântara Santiago e Joselito Batista Alves são apontados como os líderes de organizar a fraude nos concursos públicos.
“Christian era o cabeça da fraude, era ele que fazia toda a organização, dividia as tarefas de cada envolvido no esquema, além de responder algumas provas também, ele se beneficiou na fraude uma vez que ele foi aprovado no concurso, o Joselito era uma das pessoas que respondiam a prova para os demais candidatos, ambos já haviam sido presos antes em outras fraudes”, explicou o delegado Kledson.
Os policias estão presos e haverá um procedimento administrativo disciplinar para apuração a conduta e a ação da qual participaram.
VEJA A LISTA DE NOMES DIVULGADOS PELA POLÍCIA CIVIL
Lista do nome dos presos divulgada pela Polícia Civil (Foto: Divulgação)
Matéria original
O grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) juntamente com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e com a Polícia Civil deflagraram na manhã desta terça-feira (09/05) a Operação Infiltrados que investiga pessoas suspeitas de participarem de fraudes ao concurso público de Agente de Polícia Civil realizado em 2012. Dentre os presos e investigados encontram-se 16 policiais civis.
“Os policiais contrataram fraudadores antes de passarem nos concursos, após a aprovação fizeram o pagamento para eles em forma de parcelas a partir do salário inicial que receberam”, disse ao OitoMeia o secretário de segurança pública, Fábio Abreu.
grupo fraudador é o mesmo que atuou nos concursos do TJ e do Concurso de Bombeiros (Foto: Polícia Civil)
A operação está em andamento, segundo o delegado responsável pela investigação Kledson Ferreira o grupo fraudador é o mesmo que atuou nos concursos do TJ e do Concurso de Bombeiros.
“Além dos policiais civis tem outras pessoas envolvidas que já foram presas por fraudes em outros concursos como Joselito Batista Alves e Christian Alcântara Santiago”, disse o delegado em entrevista ao programa Notícias da Manhã.
“Os policiais contrataram fraudadores e fizeram o pagamento para eles em forma de parcelas a partir do salário inicial que receberam”, disse ao OitoMeia o secretário de segurança pública, Fábio Abreu.
Ao todo foram cumpridos mandados de prisões preventivas, temporárias, conduções coercitivas e buscas e apreensões nas cidades de Teresina, Campo Maior, Pedro II, São Raimundo Nonato, Fortaleza-CE e Araripina-PE.
Polícia investiga fraude em concurso público / (Foto: Polícia Civil)
A Operação contou com apoio de cerca de 100 policiais civis do Greco, Corregedoria de Polícia Civil, Diretoria de Inteligência da SSP-PI, Gerência de Polícia do Interior, Metropolitana e Especializada, Unidades de Polícia Civil da Capital e do Interior, além da – Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil do Ceará (DRF) e da 24ª Delegacia Seccional de Araripina-PE.
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