A tradicional Expedição Águas de Março, chegou aos 10 anos e aconteceu neste fim de semana, levando adeptos da navegação para um percurso encantador, cheio de riquezas e belezas naturais com saída da Marina Velho Monge, em Timon, no sábado (24) e chegada no município de Amarante, que fica a 169 km de Teresina. A expedição foi encerrada no Lira Eco Parque, um lugar cheio de atrações turísticas e de lazer, que fica próximo a Amarante na BR-343. O retorno da maioria dos navegadores inscritos foi neste domingo (26). Participaram 22 embarcações com 46 inscritos a bordo.
A Expedição Águas de Março acontece desde 2011, mas teve um período de pausa entre 2020 e 2022, em razão da pandemia de Covid-19. Os participantes donos das embarcações, todos devidamente habilitados pela Capitania dos Portos para a prática dessa atividade – conduzida por barco, lancha e jet-ski -, fizeram uma parada para almoço e abastecimento no município de Palmeirais, onde está situada a fazenda Águas de Março, que deu nome à expedição e pertence a um dos navegadores do evento, o funcionário público e professor, Edmar Rodrigues Júnior.
Seu Edmar, que já veleja há 35 anos pelo Rio Parnaíba, conhecendo o Velho Monge em toda a sua extensão, disse que foi um retorno emocionante da expedição que ele sempre participa. Ele disse que à medida que ele e os amigos fazem esses passeios cria-se mais sentimentos de amor e de preservação pelo rio e pela natureza em volta dele. “Essa interação de contato cria em você a paixão que nos leva a pensar na conservação. Nós não queremos que essas belezas sejam destruídas. Já fui de Teresina a Luís Correia 28 vezes, de barco lento, de lancha e de jet-ski. Da nascente do Parnaíba para Teresina, acima de Santa Filomena, conheço toda a extensão do rio, que é de 1.485 km”, disse Edmar Júnior.
A Expedição Águas de Março teve um seguro contra acidentes para todos os participantes que, além de fazerem o passeio com todas as medidas de segurança exigidas pela Capitania dos Portos, também contou com equipes de socorro e resgate por água, além de carro de apoio por terra. A Marinha esteve a todo tempo não só fiscalizando, mas também colaborando com os participantes e organizadores. A Prefeitura de Amarante também recepcionou os navegadores, dando apoio ao evento.
Segundo alguns participantes, que já fazem essa modalidade de passeio há muitos anos, infelizmente, a cada ano em alguns trechos do Parnaíba têm pontos de assoreamento aumentados e também de poluição. “São sinais de degradação, com desmatamento, lixo e esgoto. Se não mudarmos a nossa mentalidade coletiva para preservar um patrimônio rico desses, não teremos como nos encantar com tantas belezas no futuro. Preservar o Rio Parnaíba deveria estar no sangue de cada piauiense e também maranhense”, disse Edmar Júnior.
Fonte: Cidade Verde
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